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Chapter 14 - Capítulo 14 – “Até Logo, Meu Coração” – A Partida de Erina e o Sonho de Ashin

Capítulo 14 – "Até Logo, Meu Coração" – A Partida de Erina e o Sonho de Ashin

O céu estava limpo naquela manhã, como se Hoenn tivesse tirado um peso do peito. O calor dos dias anteriores agora dava lugar a uma brisa suave.

Ashin e Erina estavam sentados em uma colina com vista para o mar, onde o porto de embarque se destacava no horizonte.

A mochila dela já estava pronta. O bilhete em sua mão tremia levemente.

— Paldea... é longe, né? — disse Ashin, tentando sorrir.

Erina assentiu, olhando o céu.

— Eu recebi uma bolsa de estudos para entrar no Instituto de Pesquisa de Mesagoza. Vou estudar ecologia Pokémon. Entender como lendas e a natureza interagem.

Ashin abaixou o olhar. Queria dizer muita coisa… mas seu coração pesava como pedra.

Erina se virou para ele, sorrindo de leve.

— Você salvou uma região inteira, Ashin. Enfrentou Groudon, Kyogre, Rayquaza... e ainda conseguiu me salvar tantas vezes. — Ela corou. — E... me fazer sentir algo que nunca senti antes.

Ashin finalmente levantou os olhos. Os dois se encararam.

O vento bagunçou os cabelos dela. Os olhos vermelhos brilhavam com emoção.

— Então… o que você vai fazer agora? — ela perguntou, quase em sussurro.

Ashin respirou fundo.

— Em quatro anos… vai acontecer o Campeonato Mundial Pokémon. Os maiores treinadores do mundo inteiro estarão lá. Campeões. Lendas vivas.

E eu vou estar entre eles. Eu preciso estar.

Erina ficou em silêncio por alguns segundos. Depois sorriu com orgulho.

— Eu sabia que você ia dizer isso.

Ela deu um passo à frente.

E o abraçou.

Forte.

Longo.

— Eu vou estar torcendo por você… todos os dias. Mesmo longe. Mesmo... sentindo sua falta.

Ashin tremeu. Sua mão apertava as costas dela.

— E eu… nunca vou esquecer você. Nunca. Porque você foi a primeira… a primeira de verdade.

Erina se afastou, devagar. Olhou nos olhos dele, e…

Beijou Ashin.

Suave. Doce. Rápido. Mas eterno.

Depois, sem conseguir falar mais, ela virou-se e caminhou em direção ao porto.

Ashin não a chamou. Apenas… ficou ali.

Vendo a garota que amava desaparecer com o navio.

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Solidão Azul – A Alma e o Oceano

Horas depois, o sol já se punha no horizonte, tingindo o mar de tons dourados e laranja.

Ashin caminhava sozinho pela praia deserta, deixando pegadas que as ondas apagavam.

Parou de frente para o mar.

Segurava a Relíquia do Mar na mão. Ela pulsava levemente… como se sentisse sua dor.

Ele olhou para o céu, engolindo seco. As palavras saíam quebradas.

— Por que… crescer dói tanto?

As águas se moveram suavemente. Uma onda maior veio até ele.

E dele, Kyogre surgiu, silencioso, majestoso… mas gentil.

Ashin caiu de joelhos na areia. As lágrimas caíam sem força, sem som. Ele não gritava. Não precisava.

Kyogre estava ali.

E ele podia finalmente chorar.

— Eu tô sozinho agora, né...? — sussurrou ele, com a voz falha.

Kyogre encostou a cabeça na areia, perto dele, como se dissesse:

> Não. Você nunca estará sozinho.

Ashin encostou a testa no corpo de Kyogre. Chorou ali, até o sol sumir.

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Ao fundo, o oceano dormia… e um novo mundo começava a se abrir.

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