[14/04/2018] - [23:07:41]
[Oceano Atlântico - Aukhemya - Cidadela Central - Jardim do Éden]
[Lúcio POV]
O mago grandalhão prateado à minha frente certamente era Endimião, mas suas roupas de gala de mago aristocrata de isekai estavam surradas. As desgastadas penas de suas asas pareciam cair a qualquer momento. O cajado com punho de basilisco deu lugar a um tablet mágico aukhemyano com umas doze ou mais janelas de chamadas abertas. Por fim, seu rosto, outrora atraente, representando o ápice da beleza mediterrânea, estava um horror.
Os cabelos e a barba cresceram demais, estavam desarrumados e até haviam fios grisalhos (não me pergunte como consegui diferenciar fios grisalhos de cabelos de prata). Os lábios ressecaram e tremiam, seja por causa do cansaço ou pela respiração errádica. Suas bochechas e testa murcharam, acompanhadas por rugas. Olhos cerúleos desfocados, cansados e com olheiras completavam o absurdo.
Endimião: "*forçando um sorriso* Graças ao Criador, consegui chegar a tempo! Lorpar ainda não conhece vocês então... Haha, ela deve ter pensado que vocês eram invasores, mas ela é uma boa menina-
*confuso* Erm... Lúcio? Você está... *preocupado* Não, vocês certamente não estão bem, ainda mais após esse acidente... *dando as costas e indo em direção ao interior do palácio* Vamos entrar, Ernus fará um check-up para avaliar e tratar qualquer ferida."
Apesar da aparência abatida, Endimião tagarelava e já rumava-se para o palácio. Notei o comportamento estranho e o segurei no ombro antes que o aloprado saísse.
Lúcio: "Tá brincando?! Eu tô ótimo, mas você está horrível! O que houve?!"
Selene: "*aproximando* Ei Luc, quem está aí com você? Ah, Endimião, então foi você que nos salvou?Obriga- Eita... Oh coitado..."
Selene apareceu atrás de mim, e no momento que viu Endimião, ela caminhou em direção a ele, deu um tapinha no ombro dele e começou a consolá-lo.
Selene: "*com pena* Coitado, você está sofrendo todo esse tempo, sozinho e cansado, não é? Você já pode... Hmm, não, eu queria dizer que você já pode descansar, mas ainda precisamos de alguém para nos explicar a situação. Sei que é pedir muito, mas você poderia quebrar mais esse galho para nós?"
Endimião: "Hein?"
Lúcio: "*confuso* Leninha, você... *surpreso* Você já sabe o que aconteceu com Endimião?!"
Selene: "Claro, eu reconheceria esses sintomas em qualquer lugar! Endimião está exausto por excesso de trabalho! *avaliando Endimião da cabeça aos pés* Vejamos... Já fazem três- Não... Considerando a resistência de uma quimera com poderes praticamente divinos... Seis ou sete dias que Endimião está trabalhando arduamente sem parar para dormir e se alimentando mal."
Endimião: "*erguendo as sobrancelhas, surpreso* Impressionante! Como descobriu?"
Conhecendo Selene, ela daria uma perspicaz e detalhada explicação-
Selene: "Ah, isso é moleza! É porque o Lúcio fica com essa mesma aparência esculhambada de bode mocho e sarnento com lombriga quando vira a noite fazendo um artefato ou lendo novels."
Lúcio: "Ei! Eu- *desviando o olhar após perceber Selene o fitando* Pelo menos eu faço a barba..."
Selene: "*rindo* Certo, certo, você fica parecendo um bode mocho, sarnento, com lombrigas e SEM barbicha."
Lúcio: "*sem disfarçar o sarcasmo* Ah, muito melhor..."
Endimião: "*com um sorriso amargo* Até seus comentários irreverentes são parecidos..."
Eita, o cara tava com saudades da esposa, com certeza... É de deixar qualquer um pra baixo mesmo...
Lúcio: "Falando nela, o que aconteceu por aqui? Eu já sei que os Monarcas, as Rainhaperatrizes e os Filhos de Ouroboros estão em Aukhemya, então por que a ilha está uma bagunça?"
Endimião: "*ficando abatido novamente* É exatamente por isso que a ilha está um caos."
Endimião relatou os acontecimentos da última semana. Em suma: após Horakthy partir, os Monarcas decidiram cuidar das coisas como bons irmãos. E exatamente como bons irmãos, eles começaram a discutir sobre o que deveria ser feito, como fazer, quais providências tomar, blá blá blá e, principalmente, quem ficaria no comando.
Foi aí que o caldo azedou, os cinco brigaram e resolveram fazer o que lhes dessem na telha.
As Rainhaperatrizes, agora libertadas, passaram a rondar a ilha. Elas não causaram muitos problemas, mas os monstros, que foram selados com as mesmas, tomaram conta do lugar. Para evitar mais danos, as seis saíram em uma caçada aos mais perigosos. Porém, aparentemente, os Monarcas e as Rainhaperatrizes não se dão muito bem. Isso causou um bom bocado de problemas...
Por fim, os Filhos de Ouroboros, aka os filhotes de Horakthy. Para a felicidade de Endimião, eles foram os únicos dos três grupos que ficaram para ajudar.
Falando em ajudar, Endimião também mencionou que seus velhos amigos apareceram e se espalharam por Aukhemya, tentando fazer o possível para organizar a bagunça.
...
Selene: "Que ótimo. E eu achando que os deuses aukhemyanos eram diferentes dos outros... Mesquinhos, convencidos e problemáticos do mesmo jeito."
Endimião: "*preocupado* Oh não, não! Eles... Uhhh... Bem... É, eles são um tanto despreocupados sim, mas são boas pessoas, bem melhores que os deuses. *forçando um sorriso* Tenho certeza que toda essa situação não passa de estresse por causa das irmãs."
Mesmo cansado e arrebentando, Endimião continuava otimista. Porém... Ele não disse o mais importante...
Lúcio: *estreitando os olhos para Endimião, desconfiado*
"*olhando para Selene* Eu pergunto ou você pergunta?"
Selene: "Fique à vontade."
Endimião: "Oi?"
Lúcio: "Endimião... Seja sincero: você não está incomodado com isso?"
Endimião: "Oh... Bem, eu admito que não estou em ótima forma, mas não é nada que eu não possa aguentar."
Selene: *batendo na própria testa*
Lúcio: "Não é disso que eu tô falando- Ok, deixe eu reformular a pergunta: Você não está com raiva por rever aqueles que viraram as costas para você, seus conterrâneos e... Sua esposa? Depois de tudo o que fizeram, essas pessoas ainda causam problemas e você fica para arrumar a bagunça? Isso realmente não te incomoda?"
A cada palavra, o rosto de Endimião piorava, exatamente por lembrar de memórias ruins. Ao final, por um momento, várias emoções do homem afloraram. Era uma mistura de rancor, tristeza, angústia e outros sentimentos negativos. Pense nisso como se os sentimentos de uma besta raivosa, um crente traído, um soldado derrotado, um viúvo de luto e um sonhador desacreditado apertassem a garganta e o coração dele.
Porém, como disse, foi por um momento. Logo, Endimião soltou um longo suspiro e sorriu levemente.
Endimião: "Bem, acho que... É, isso me incomoda sim. Naquela época, desde quando Madha e seus seguidores espalharam aquelas mentiras, até muitos anos após nossa fuga de Aukhemya, o rancor era a única coisa que sentia dos Monarcas. Se eu estivesse sozinho, não teria aguentado. Talvez teria feito uma bobagem...
*entristecendo* Mas Senethre estava pior. Claro que ver meu lar, meus amigos e tudo que construímos ser perdido por causa deles é uma droga. Mas... Vê-la naquele estado..."
Ele fez uma pausa, fechou os olhos e respirou fundo. Nem consigo imaginar essas desventuras do casal.
Quando os abriu novamente, parecia um pouco melhor, com mais energia. Parece que bastava apenas lembrar da esposa para energizá-lo.
Endimião: "Havia alguém mais importante para cuidar que um simples ódio, entendem?"
Selene e eu nos entreolhamos e sorrimos. Sim, nós sabíamos o que ele queria dizer.
Endimião: "Então acho que é por isso, e só por isso, que ainda estou aguentando, segurando a ânsia de explodir o traseiro deles. *rindo* Afinal, é a família da minha esposa. Podem não ser os melhores cunhados do mundo, mas ainda são a família dela."
Nos mitos, Endimião era um pastor, caçador, astrônomo ou até mesmo um rei, cuja beleza e admiração pela lua encantaram a titânide Selene e os dois se apaixonaram. Às vezes era filho de Zeus com... Com... Alguma princesa grega que aquele tarado pôs os olhos. Ou então era apenas um príncipe grego normal. Como sempre, não há um consenso entre qual dos mitos é o correto. E bem, tô pouco me fudendo pra isso. O verdadeiro Endimião estava na minha frente, cansado e sofrendo, lembrando-se de sua amada e sonhando, seja o reencontro ou o passado, não importa.
Naquele momento ele não era o maior mago do mundo, marido da Monarca das Trevas e provável progenitor da linhagem dos Senhores Abissais. Era apenas mais um humano mundano e comum.
Selene: "Wow, então esse é o charme de um Dilf apaixonado?"
Endimião: "Huh?!"
Lúcio: "DAFUQ?????"
Selene: "O que foi? Só estou transmitindo a opinião da minha xará."
Lúcio: "Ah tá- Peraí, quer dizer-"
Endimião: "*animado* Senethre?! Onde ela está?!"
Selene: "Ela- WOOW, O QUE É ISSO?!"
Uma bola de luz prateada e cerúlea surgiu do núcleo de Selene. A bola rapidamente flutuou ao seu redor e, quando ficou logo acima da cabeça dela, a luz se apagou, revelando fada- não, uma pixie prateada, com chifrinhos alinhados como uma coroa e asinhas de morcego. Seus olhos estavam fechados, mas aposto todas as minhas fichas que eram cerúleos.
A pixie estendeu seus braços e lentamente desceu, até pousar, em pé, sobre a cabeça de Selene. Só então a criatura abriu seus olhos cerúleos e soltou um sorriso travesso.
NADICA DE NADA DE ESTRANHO, VIU!
Cíntia: "Olá pessoal, sentiram minha falta?"
Sim, a Monarca das Trevas estava de volta! Tamanho reduzido e voz aguda à partes, aquela era Senethre, ou para os gregos, a Titânide da Lua, Selene.
Selene: "MINHA NOSSA SENHORA, QUE SUSTO!"
Cíntia: "Ei, não se mexa tanto, vou acabar caindo!"
Selene: "ENTÃO AVISE QUANDO BROTAR DO PEITO DE ALGUÉM!"
Cíntia: "Sinto muito, mas eu também não estou acostumada com esse tamanho minúsculo!"
Endimião imediatamente alegrou-se. Praticamente renovado, logo tratou de receber a esposa, se aproximando com o sorriso não mais melancólico de um galã apaixonado.
Lúcio: 'Essa última semana realmente deve ter sido uma droga pra ele- Huh? OH, FINALMENTE!'
***
[Endimião POV]
Apenas uma semana. Você esteve fora por apenas uma semana. Mas céus, que semana longa, cansativa e infernal. Seria por causa dos nossos filhos causando problemas na Terra e no Céu? Ou os vários panteões divinos, em suas ânsias por poder, cada qual buscando o domínio total do universo? Não, não é a primeira vez que coisas assim aconteceram, nem será a última.
Ou... Seria por causa dos seus irmãos? Nem sei qual deles odeio mais. Seria Iehnyril, por ser um grande babaca, idiota e imbecil, ao acreditar em um aukhemyano da Luz ao invés da própria família? Ou seus demais irmãos, que cruzaram os braços e fizeram nada? Como já disse a Lúcio e Selene, eu os aguentei apenas porque são seus irmãos.
Os aukhemyanos das demais Cidadelas? Bem, eles... É, esses aí podem se fuder mesmo. Eu nunca me importei com esse resto. Até porque meus amigos sabiam a verdade, isso já bastava.
...
Ah, agora me lembro... Sim, foi por isso... Você fez aquela mesma cara quando disse que iria salvar Selene. A mesma cara quando decidiu enfrentar o desgraçado e libertar Horakthy. Nem mesmo durante a Titanomaquia eu tive tanto medo de te perder.
Hah, se você me ouvisse, iria dizer algo como "Deixe de bobagens, eu sou a Monarca das Trevas! Não precisa se preocupar!"
Mas sim, eu me preocupo.
Em parte porque sou seu marido. Não me importa que seja a Monarca das Trevas, a Titânide da Lua ou a Matriarca Abissal, eu sempre me preocupei, me preocupo e me preocuparei com você.
Mas também porque sei que você é diferente dos demais Monarcas, a mais poderosa e também a mais frágil. Quando você desencadeou sua ira quando viu os pedaços e Horakthy, finalmente vi um deslumbre de sua forma verdadeira.
Não como a Monarca das Trevas, nem como a Segunda Criação de Deus, mas algo muito, muito mais antigo...
Ainda não entendo completamente o que vi, mesmo após ouvir aquele anjo. Qualquer outra pessoa teria visto apenas a incarnação da escuridão, o pior dos males ou até mesmo o Diabo. Pensando bem, você disse que todos ficaram assustados, então eles devem ter visto algo assim.
Mas o que vi só me fez sentir desconforto e tristeza. Desconforto porque havia algo errado com você. O anjo disse que você estava incompleta, que perdeu um pedaço de si. Não eram seus olhos, era algo mais importante.
E tristeza porque parecia uma garotinha desamparada. Não sei como, mas eu sabia que estava sofrendo todo este tempo, Deus-sabe-se-lá a quantos milênios. O que você perdeu para te causar tanta dor? Será que algum dia você encontrará essa coisa? Sei que isso será bom, mas por que tenho um mal pressentimento? Você se tornará um desastre, uma catástrofe, o fim de tudo?
Senethre: "*sorrindo* Eu tô bem, só estou com pouca energia."
Ou deixará de ser você mesma? Se isso acontecer, o que será de nós?
Senethre: "Ei, o que houve? Tá viajando na maionese?"
...
Hah... Haha...
Endimião: 'É, estou viajando na maionese. Não resolvi isso em 6000 anos, não será agora que conseguirei-
...
Hmm... Sim... Talvez... É, as coisas podem ser diferentes agora...'
Narrador: "Neste momento, Endimião percebeu uma oportunidade, uma chance vinda com o encontro desse casal não mais humano. Talvez, um grandessíssimo talvez, a dor presenciada 6000 anos atrás cessaria enfim. Como? Ele não sabia, mas sabia que as chances aumentaram."
Endimião: "*sorrindo, estendendo a mão para Senethre* Só estou alegre em revê-la, neya sak-lahr."
Selene: ''Minha lady'... Charmoso, não?'
Senethre: "*tentando disfarçar o sorriso* Hey hey hey, tem alguém aqui muito animado para um carinho! Pena que não dá pra fazer nada com um corpo de pixie."
Selene: "*chocada* NEM PENSE NISSO!"
Endimião: *arrepiado*
Senethre: "*rindo* Nesse caso, quero uma xícara da sua bebida, neye sak-lehr."
Narradora: "Os olhos de Endimião brilharam juntamente com os dentes de prata do seu sorriso. Sua esposa ainda se lembrava dos primeiros encontros, quando ainda eram apenas fazendeiro e Monarca. Os últimos eventos certamente foram preocupantes para o casal que, instintivamente sabiam, poderiam ser seus últimos."
Selene: ''Meu lord'... Casal apaixonado é outra coisa...'
Lúcio: "Uhhhh, desculpa atrapalhar o reencontro do casal, mas tem uma outra pessoa querendo- OH CÉUS, MULHER! É A TUA IRMÃ, ENTÃO APAREÇA!"
Endimião: 'Irmã- ENTÃO É...'
Narradora: "Nesse momento, uma fada dourada de olhos vermelhos saiu de trás de Lúcio. Tamanho e timidez à parte, todos a reconheceram."
***
[ *Ω_# ~° POV]
Æ@∆× 1, @#&5\✓-...
!!!!!!!!!!!!
{### ^°∆°°!}
{**←{\{{}
{π|✓#\\∆ando, test~=∞§°°¢£∆∆ando, testando.}
{Filtro ativado com sucesso... Pronto!}
{Essa foi quase, hein? Tudo bem, vamos começar de novo.}
...
...
[Senethre POV]
Quando realizei o ritual na consciência de Selene, encontrei traços ativos da alma da minha irmã em Lúcio. Para falar a verdade, eu pensei em manip -cahem- usar seus talentos sem prévio consentimento para reanimá-la.
Mas quem iria pensar que ele a reanimou sem precisar da minha interferência? Seria os talentos dele? Ou talvez o Pai mexeu os pauzinhos?
Não importa. Lá estava Horakthy, cautelosamente se aproximando- Hein, o que deu nela?
Senethre: 'Ela... Se sente culpada? Por que? Madha já era e agora está tudo bem, então o que foi?'
Também me aproximei da minha irmã. Ela sorriu, mas algo ainda a incomodava.
Horakthy: "*com voz trêmula* Irmã... Eu..."
Imediatamente a cortei com um abraço. Eu odiaria se o primeiro reencontro com minha irmã fosse marcado por lágrimas. Admito que eu não estava melhor... OK, QUEM EU QUERO ENGANAR? EU JÁ ESTAVA A P@#*(+=¬(³ ª δ 9 ]+\\∆¶
{AHHHHHHHH!!!!!! DE NOVO NÃO!!!!!!!}
...
...
Ficamos abraçadas em silêncio. Lágrimas e sentimentos tristes superados, a tranquilidade e a alegria em estar com minha irmã novamente tomaram conta da minha mente.
Horakthy: "*sorrindo, aliviada* Obrigada. Obrigada por tudo."
Senethre: "*sorrindo* Não se preocupe, o pior já passou. Estamos juntas de novo."
Provavelmente teríamos ficado o resto do dia como duas fadas bobas brincando numa floresta, não fosse o intrometido do Lúcio-
Selene: "Cíntia, Vivy, eu não quero atrapalhar, mas vocês podem nos ajudar?"
Admito, achei que o estraga-prazeres seria o Lúcio... É a cara dele fazer algo assim...
Senethre: "*fazendo birra, se agarrando a Horakthy* Droga, mal reencontro a minha mana e vocês já querem nos separar?"
Endimião: "Oh não, a crise de apego não..."
Crise de apego?!!!!?? De onde ele tirou isso?! Eu nunca fui grudenta! É só perguntar para os meus filhos e netos!
Narador: "Caso tal afirmação tivesse a veracidade questionada aos mencionados, a respostas certamente refutariam a mesma."
Lúcio: "Uhhhh Vivy você pode nos ajudar com- Vivy? Ei, o que você tá fazendo?"
Horakthy: "*abraçando Senethre, tentando fugir com a irmã* Desculpa pessoal, mas depois de todo esse tempo... Acho que qualquer problema pode ficar pra depois que nós matarmos a saudade."
Senethre: "Sim, sim! Minha mana tá certa, então vamos deixar isso para depois-"
Endimião: "Mas isso significa que seus irmãos mais novos continuaram a fazer bagunça em Aukhemya."
...
...
Senethre e Horakthy: "*sérias, zangadas e sedentas por sangue* O que. Você. DISSE?"
***
Narradora: "Olá a todos! Ainda não me apresentei apropriadamente, mas todos me conhecem como Narradora. Autor me pediu para fazer um resumo do que se passou nas mentes de Senethre e Horakthy quando elas se reencontraram. Devido a vários motivos, boa parte desse material precisou ser... Removido. Dos motivos que posso mencionar, um deles é que os Monarcas são seres tão especiais que podem se comunicar através de emoções, e não palavras. Literalmente.
A culpa/remorso/arrependimento de Horakthy é simplesmente por ter causado tanta dor à família e aos aukhemyanos. Mesmo que Horakthy não tenha verdadeiramente morrido e que tudo fora parte de um plano maior, os estragos foram imensuráveis, o que pesou em sua consciência.
Para Aukhemya e seus habitantes, sua governante partiu, deixando tudo à mercê de pessoas mal intencionadas, como Madha, e outros pilantras como os atuais reis dos Setores elementais. Ah claro, não se esqueçam que Horakthy ordenou a extração das Almas de Monstros dos aukhemyanos. É como se tivessem perdido uma parte dos sentidos, então... É, foi uma droga.
Já em relação à família, além dos já mencionados danos à Aukhemya, presenciar a própria irmã ser esquartejada foi, no mínimo, traumatizante.
Mas certamente, de todos estes, a maior fonte desses sentimentos negativos eram as dores sofridas por Senethre. Ver seus súditos hostilizados como demônios e obrigados a se fixarem no inferno, perder a irmã mais velha e melhor amiga, ter seus olhos arrancados, quase se tornar uma viúva e... Bem, preciso continuar?
Por isso e mais, Horakthy sentia culpa/remorso/arrependimento ao ver que a irmã ainda lhe amava tanto, sem se importar com o que ela fez e deixou de fazer.
É aí que entra o abraço de Senethre. Ela não podia conter a alegria, a tristeza (afinal, o reencontro aflorou memórias ruins), a... A... A... Admiração... Então recorreu à comunicação emocional, quando entendeu que Horakthy também precisava de carinho.
Isso certamente não é uma desculpa para justificar um abraço de irmã para irmã após tanto tempo...
Mesmo que a própria Horakthy explicasse que suas ações resultaram nessas tragédias, Senethre não se importaria. Para ela, Horakthy sempre seria sua irmã amada.
Sim, tudo se resume ao obstinado poder do amor."
Autor: "Precisava explicar tudo isso?"
Narradora: "Você que pediu, então não reclame. E olha que fiz o favor de não falar aquelas outras coisas..."
Autor: "*preocupado* Perdão madame, não está mais aqui quem falou!"
...
...
...
Selene: "Endimião ainda tá conversando com Cíntia e Vivy."
Lúcio: "*olhando para o vazio* Hmm."
Selene: "Tá pensando em que?"
Lúcio: "Só estava vendo as habilidades que ganhei. Não faz muito tempo, mas muita coisa mudou."
Selene: "Você tá falando daquela tela de habilidades como as dos videogames?"
Lúcio: "Exatamente."
Selene: "*animada* Ohhhh, posso ver?"
Lúcio: "Claro."
Selene: ...
•...•
...
⊙ o ⊙
"Céus, é enorme..."
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{Notas do Autor}
Era pra ser um capítulo curto mas me empolguei. Posso até ter enrolado um pouco com os sentimentalismos, mas isso será importante para... Algumas coisas do futuro...
E bem... Acho que já passou da hora de atualizar a lista de habilidades do Lúcio.
É rapaz, lá vamos nós de novo...
Até mais, galera...