Cherreads

Chapter 40 - Muito obrigada por tudo...

{Notas do Autor}

Só lembrando: o capítulo a seguir se passa logo após o Lúcio se teleportar para a van de Reinaldo, mostrando o que Carla e Carolina fizeram enquanto isso.

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[03/04/2018] - [16:32:56]

[Tenochtitlán - Cidade do México - México]

[Carolina POV]

Lúcio acabou de sair, juntamente com Sebastião. Carla e eu também nos preparamos para deixar o local.

Carla: "Mestra Carolina, me desculpe pela pergunta, mas... Como vamos sair daqui?"

Carolina: "*sorrindo* Não precisa se preocupar, eu já tenho um meio para chegarmos na sua casa. Aliás, você não precisa me chamar de mestra. Apenas Carolina. Amigas devem se chamar pelo nome, ok?"

Carla sorriu e concordou. Era estranho. Mesmo virando uma serva "à força", eu não sentia raiva ou ódio dele. Agora, Lúcio e Carla eram como uma nova família para mim, uma muito importante, talvez até mais que minha própria família.

Afinal...

Eles só tinham olhos para Catarina...

Mas pelo menos meus pais e Sebastião ainda se importavam comigo.

Carla: "Algum problema, Carolina?"

Carolina: "*sorrindo* Nada de importante! Agora vamos embora?"

Carla: "*sorrindo* Vamos!"

Fui em direção a uma parte da montanha, alí perto. Carla me seguiu. Depois de andar por alguns minutos, me aproximei de uma entrada camuflada pela vegetação. Essa entrada levava a uma saída de emergência, com alguns veículos para fuga. Mesmo com magia, seria muito arriscado usar uma formação de teleporte. Por incrível que pareça, a tecnologia humana é mais difícil de se detectar que magia. Talvez porque seja muito rudimentar. Mesmo que nossa localização fosse secreta, o seguro morreu de velhice.

Escolhi uma das motocicletas do lugar. Como eram mais rápidas, seria fácil chegar na mansão da minha família e de lá, teleportar para a casa de Carla.

Felizmente aprendi a dirigir motocicletas quando entrei para... Bom, deixa isso pra lá...

Carolina: "Vamos nessa aqui. Ah, pegue aqueles capacetes ali... As jaquetas... As calças também! Não se esqueça dos protetores!"

Carla: "*pasma* C-calma, nós só vamos andar de moto! O capacete até entendo, mas por que isso tudo?"

Carolina: "*séria* Acredite... Nós iremos precisar de tudo isso."

Carla tremeu e engoliu em seco.

Carolina: "* com um sorriso terno* Afinal, eu não quero que você se machuque. Você agora é como uma irmã para mim. Eu não quero te perder de jeito nenhum!"

Subi na motocicleta e Carla foi na garupa. Depois de ligar, acelerei o veículo e saímos por um túnel que leva a um galpão. De lá, saímos em direção à Cidade do México, para a mansão. Agora que estávamos numa estrada, acelerei ainda mais.

Carla: 'Droga, agora eu entendi porque você queria que eu vestisse o equipamento completo! Nessa velocidade, se eu cair...'

Carolina: '*sorrindo* Relaxa! Segura firme que vai dar tudo certo!'

Chegamos e atravessamos a cidade do México. Fomos para o norte, onde fica a mansão.

Pouco mais de 1 hora depois, nos aproximamos dos portões dos muros que cercam a mansão. Os guardas tentaram me parar, mas assim que eu tirei o capacete, eles pediram desculpas e abriram os portões.

Quetzalcoatl me ajudou a esconder as tatuagens e mudou a cor do meu cabelo e dos meus olhos para as cores originais.

Guardas: "Tenha uma boa tarde, senhorita Catarina!"

Carla: 'Catarina?'

Carolina: 'É uma longa história... Mas de qualquer forma, só me chame de Catarina aqui. Eles não podem saber quem sou.'

Carla ficou desconfiada, mas entendeu que essa era uma conversa para mais tarde. Poucos minutos depois, chegamos na mansão. Parei a motocicleta na frente e saí em disparada. Carla ficou um pouco confusa, mas rapidamente me seguiu. Abri a porta e, como estava com muita pressa, acertei a testa de uma empregada que veio abri-la.

Empregada: "*espantada* S-senhorita Catarina! Me perdoe, eu-"

Carolina: "*apressada* Não se preocupe com nada! Agora nós duas precisamos ir para a formação de teleporte imediatamente!"

Empregada: "Ahn... Claro!"

Ela entendeu a minha urgência e não questionou nada. Carla e eu passamos correndo pela mansão. E pelo caminho, assustamos os empregados e outros membros da família que estavam lá. Todos ficaram confusos e alguns um pouco irritados por causa do nosso comportamento. Ainda pude ouvir alguns comentários.

Empregada 1: "Nossa! Para onde a senhorita Catarina vai com tanta pressa?"

Empregado: "O que quer que seja tem algo a ver com aquela moça."

Empregada 2: "Eu não me lembro daquela moça... Será que é uma amiga?"

Parente 1: "Hmpf. Conhecendo os gostos dela, deve ser uma pobre coitada achada na rua."

Parente 2: "Bobagem! Não viu como elas passaram? É óbvio que se trata de um assunto sério."

Apenas os ignorei. Levar Carla para casa era muito mais importante. Após causar um alvoroço dentro da mansão, chegamos na formação de teleporte. Nada de especial: a formação era composta por uma plataforma octogonal e que na mesma havia uma matriz. Nos vértices da plataforma haviam 8 pilares cilíndricos de 3 metros de altura e 20 cm de largura. Esses pilares eram cobertos por matrizes e runas.

Enquanto a matriz da plataforma realizava o teleporte propriamente dito, os pilares atuavam como estabilizadores. Afinal, mesmo com magia e poderes sobrenaturais, teleporte não era algo simples, sem falar que, se algum pilar quebrar, o acidente seria terrível...

Sem perder mais tempo, subimos na plataforma e iniciamos o teleporte. Os pilares levantaram alguns centímetros do chão e começaram a girar, fazendo o movimento de translação, e formaram uma barreira. Logo em seguida, nós desaparecemos e reaparecemos em frente a uma casa.

Olhei o GPS do celular. Estávamos em São Paulo, no Brasil.

Carla começou a chorar. Quando ela foi sequestrada, deve ter pensado no pior, que nunca mais iria rever sua família.

Carolina: "*com um sorriso amarelo* Desculpa. Nós te causamos muitos problemas."

Carla: "*limpando os olhos e sorrindo* Não há o que se desculpar! Eu realmente fiquei assustada quando fui sequestrada, mas conhecer você e o Lúcio foram uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida. Se precisasse ser sequestrada de novo só para conhecer vocês, eu não pensaria duas vezes!"

Comecei a pensar nisso. Acho que só estou aqui por causa do Lúcio. Mas principalmente porque aquela pessoa me aconselhou. Sim... Só estou vivendo a melhor época da minha vida por causa dela.

Muito obrigada por tudo... Mini Carolina!!!!

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{Notas do Autor}

Um pequeno capítulo, falando um pouco sobre como a Carolina se sente.

O próximo será sobre o reencontro de Carla com sua família.

E talvez um chamado urgente de Lúcio...

Até o próximo program... Capítulo, galera!

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